Flores Aflitas

Não mate a primavera

com teus próprios pés!

Não estrangule as flores

com tuas estúpidas mãos

Não estupre seu perfume

com a lâmina cega da dor

Tende piedade do verde da esperança

Aflita chora como criança

carente do seio da mãe

Ouça o gemido sufocado das rosas

Tão frágeis e airosas

Aflitas e temerosas

suplicam caricias de ilusão

Malditos sejam os fariseus das letras

que todos chaman de poeta

que na crueldade das palavras encerram

a carnificina da natureza

Não sabem que a primavera

é o sal que alimenta a vida

O travesseiro onde o coração da guarida

as ilusões do requiém dos sonhos!

27/01/2005

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Zena Maciel
Enviado por Zena Maciel em 31/08/2005
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