O que não sou, fizeram-me,
Pelas sombras das coisas que nunca me tocaram.
Naufragando-me em mares, por mim, inavegáveis.
Pintaram minha imagem
Em cores que em mim não havia.

E aquela tela fria
Flagelando-me
Chicoteando-me
(A meus carrascos fiz unção),
Matou a pequena flor amarela,
Que em meus chãos negros de tédios
Foi-me única vela.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 19/01/2014
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