morrer um pouco

Das coisas que gosto

Você é uma das mais gostosas;

alegra-me teu ar de carvão

e tua aresta mal acabada

Tua boca

Me fala gostoso

Teus olhos eu gosto de ver

Tuas pernas me trança de noite

E teus braços me aperta todo;

Ah, que duas maçãs delineadas

Justas postas, adornada de cor

E pureza, lúbricas descidas noturnas

Eu nelas me contorno todo

Aceito-as na sua forma oblíqua

Na sua correnteza de rio

E lá pelas tantas,

Exausto,

eu me deixo morrer um pouco

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 16/01/2014
Código do texto: T4651811
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