Cadáver de cera
Me encontro triste e solitário,
nessa noite fria, escura e cruciante,
tenho a companhia de minhas sombras
feitas por chamas que me iluminam.
Velas prestativas, sacrificando suas vidas,
pra me iluminar, chorando constantemente,
até seu fim chegar, a vida lhes são dadas,
suas mortes destinadas, quando seu fogo apagar.
Como uma vela me sinto,
me sacrificando também,
me destino a morrer,
iluminando a vida de alguém.
Quando minha chama apagar,
serei apenas um cadáver de cera,
que não souberam entender,
e me sopraram até eu morrer.
Minhas lágrimas escorrem,
molhando meu frágil corpo,
alguém me deu vida,
pra assistir minha partida.