Cadáver de cera

Me encontro triste e solitário,

nessa noite fria, escura e cruciante,

tenho a companhia de minhas sombras

feitas por chamas que me iluminam.

Velas prestativas, sacrificando suas vidas,

pra me iluminar, chorando constantemente,

até seu fim chegar, a vida lhes são dadas,

suas mortes destinadas, quando seu fogo apagar.

Como uma vela me sinto,

me sacrificando também,

me destino a morrer,

iluminando a vida de alguém.

Quando minha chama apagar,

serei apenas um cadáver de cera,

que não souberam entender,

e me sopraram até eu morrer.

Minhas lágrimas escorrem,

molhando meu frágil corpo,

alguém me deu vida,

pra assistir minha partida.

Sillino Vitalle
Enviado por Sillino Vitalle em 25/04/2007
Reeditado em 15/07/2014
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