É tarde, tenho que ir
Desde a melhor parte da carne
o abraço mais apertado
A lágrima que no olho não cabe
o livro lido de modo retardado
Desde o "Felizes para sempre"
Que ora, nunca vem no meio
Já esperamos demais dentro daquele ventre
Não ansiamos pela saída, mas sim pelo recreio
É o tempo quem me incomoda
faz do simples um pertinaz terror
Que a aflição minha paciência entorna
E o que jaz belo, faz-se rancor
E não espere originalidade nessa hora
tudo que digo não é novidade
Erramos por não vivermos o agora
por deixar escapar cada oportunidade