Sal da Vida
Visto-me com os versos tristes que escrevo
pelo simples prazer de poetar
Pássaro em vôo aberto
buscando sonhos de papel,no crepúsculo da alma
Na dança das horas pincelo as palavras
com as cores plúmbeas
que ditam o coração
Envolvo-me com o néctar suave da saudade
para sentir a fragrância de antigas primaveras
Transporto-me no barco do tempo
Navego no submundo da dor à procura
da minha flor de lótus
Sou rei,sou rainha
Sou escrava e sou senhor
Sou dona de mim
Do meu tempo e da minha história
Sou um ser com sede de infinito
em busca do útero do mundo
e do sal da vida
11/02/2004