Psicose

E o seu peito

Que secava

No frêmito pulsar

Da morte em trânsito

Sangrava fel de desejos suicidas

A tristeza já não dissimulada

Que agora estampava

Na sua voz fria

Uma certa beleza

De outrora

Rasgava o silencio da noite

Na tétrica canção

De ninar

E um choro macio e soluçante

Era ela

Camisolas sujas

Chinelos

E uma faca

Caminhadas

Pelo corredor

Da psicose

Lentamente

Foi, mesmo que insegura,

Em busca do caminho da luz