A Bolha
Nessa imensa bolha de vidros
O tempo esqueceu de correr, andar
Os murmúrios tão latentes
Os olhos, vários!
Me perseguem, perspicazes
O clima é amenizado artificialmente
É como se o ar pudesse ser controlado
As mentes, controladas, cochicham
Ignorantes que são, não...não são sãs
Jamais poderiam ser
Do meu canto, olho nos olhos, entristecido
Se corromperam, nem percebem, e fazem pose
Já estou quase convencido, que estão perdidos
E acho até bem feito, que o abismo os tenha
E que nessa bolha fiquem presos, perdidos, sem ajuda
Tal qual um sonhador, penso
Como livra-lhes desses grilhões
Que aprisionam a mente ociosa
Conformada com a inatividade
Castigada pela ignorância, assumida