rio das mesmas águas
entre os ramos da árvore escura
da vida
tuas mãos
às minhas,
conta a tua outra face...
não vejo teu corpo
sequer o teu mistério;
assumo que, embaixo do medo
existe tu e existe eu
dois escuros labirintos
e entretanto,
um dia, eu e tu
seremos
rio das mesmas águas