incutido
das estranhas,
a carga
a tampa
a força
das entranhas
a vida,
socando as aparências
das entranhas,
o escuro, bruto, muro
um murro na cara resistência
das entranhas,
a verdade
firme,
com toda sua insolência
e essa mulher que não
para de reclamar
que dor farta, ainda se
põe a buscar
que de tanta terra
é pus e cotovia,
taremela e surdez
grunido e tosse
entra dia e sai dia
sol, beleza e safira
a janela, bela clara e insana
o fogo arde e é delírio
nas entranhas desse ser,
tão longe, tão perto,
tão santo e tão infesto
jorra vida, jorra seu suco
nessa feridas
tantas guardas
embaixo dese dia claro
desse sorriso que vem do céu azul
esse tempo vassalo
que de mão leve insinua
a morte, a própria morte
dançaria que baila lindamente
nos galhos das árvores nos aparelhos
de eletrodoméstico, nas atenas
onde a vida nos vem
amarrada, amedrontada,
incutida como uma dose cavalar
de medo e sordidez..
e sob os olhos que
nas mãos sao vistas, o tempo
nos adorna nos engana e nos ama