incutido

das estranhas,

a carga

a tampa

a força

das entranhas

a vida,

socando as aparências

das entranhas,

o escuro, bruto, muro

um murro na cara resistência

das entranhas,

a verdade

firme,

com toda sua insolência

e essa mulher que não

para de reclamar

que dor farta, ainda se

põe a buscar

que de tanta terra

é pus e cotovia,

taremela e surdez

grunido e tosse

entra dia e sai dia

sol, beleza e safira

a janela, bela clara e insana

o fogo arde e é delírio

nas entranhas desse ser,

tão longe, tão perto,

tão santo e tão infesto

jorra vida, jorra seu suco

nessa feridas

tantas guardas

embaixo dese dia claro

desse sorriso que vem do céu azul

esse tempo vassalo

que de mão leve insinua

a morte, a própria morte

dançaria que baila lindamente

nos galhos das árvores nos aparelhos

de eletrodoméstico, nas atenas

onde a vida nos vem

amarrada, amedrontada,

incutida como uma dose cavalar

de medo e sordidez..

e sob os olhos que

nas mãos sao vistas, o tempo

nos adorna nos engana e nos ama

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 17/12/2013
Código do texto: T4615800
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