Diário de Adeus
A chuva molha seus lábios,
Passeia de várias formas...
O coração acelera
E eu tenho a sensação de medo...
Finjo me carregar de coragem,
Mas o meu teatro não convence ninguém.
Fecho os olhos.
Entro em mim.
Tampo os ouvidos.
Sinto só a canção da minha alma.
Piso no chão com cuidado
E enxergo vários caminhos.
Eu nem olho pra trás,
Sei das sortes que virão.
Gosto de viver esse tipo de surpresa:
Perceber a presença do novo.
Já me acostumei com as despedidas;
Cresço cada vez que escrevo no meu "diário de adeus".
Deito o meu corpo,
Apoio à cerveja sobre a mesa de centro.
Sinto, sinistramente, a alucinação
E cochilo sobre o transtorno da minha percepção...