Eu sou a luz
Pilhas e pilhas de livros devorados
Conhecimento de todos os autores, explorados
Mas nada disso serve pra apagar
A saudade que está em todo lugar
A luz acesa, a janela aberta... O vento
Nada de chuva caindo nesse momento
Apenas o clima seco e árido na garganta
As estrofes perdem suas rimas tão benquistas
O silêncio impregna os ouvidos
Berrando de forma impiedosa
O relógio cintila todo seu deboche
Na luz que se vê ao longe se vê
As mariposas e outros insetos noturnos
Presos em seu instinto, voam desesperadamente
Buscando cada vez mais, a morte que lhes é destinada
O vento sopra novamente, anunciado tempestade
Não aqui, que já não chove há tempo...
Nesse seco deserto de solidão
A mariposa aceita seu destino
Segue voando, seguindo o brilho
O tempo conta os segundos para a morte
Um calafrio de tremer os ossos
Gela a alma, nesse tempo quente
Os olhos se fecham, e entregam
A paz, saudosa, se apresenta
Eu sou a luz