Eu sou a luz

Pilhas e pilhas de livros devorados

Conhecimento de todos os autores, explorados

Mas nada disso serve pra apagar

A saudade que está em todo lugar

A luz acesa, a janela aberta... O vento

Nada de chuva caindo nesse momento

Apenas o clima seco e árido na garganta

As estrofes perdem suas rimas tão benquistas

O silêncio impregna os ouvidos

Berrando de forma impiedosa

O relógio cintila todo seu deboche

Na luz que se vê ao longe se vê

As mariposas e outros insetos noturnos

Presos em seu instinto, voam desesperadamente

Buscando cada vez mais, a morte que lhes é destinada

O vento sopra novamente, anunciado tempestade

Não aqui, que já não chove há tempo...

Nesse seco deserto de solidão

A mariposa aceita seu destino

Segue voando, seguindo o brilho

O tempo conta os segundos para a morte

Um calafrio de tremer os ossos

Gela a alma, nesse tempo quente

Os olhos se fecham, e entregam

A paz, saudosa, se apresenta

Eu sou a luz

Arthur Barbosa
Enviado por Arthur Barbosa em 07/12/2013
Código do texto: T4602139
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