Dédalo
natureza
cala ventos sussurrantes
tua poesia é como floresta fechada
que me põe a imaginar
não sei se devo
rir ou chorar
saio a correr
por entre teus desconexos versos
como crivos
escuto o sussurro ameno do vento
sento no meio da mata escura da tua poesia
calo-me em transe
distante de teu triste olhar
sinto-me um dédalo
despetalada
não sei dizer se choro ou se rio
confesso
não suporto a dor
de teus labirintos versos