Oficina de Poesia
A poesia existe por si mesma.
O poeta não inventa poesias, ele as captura e as prende no papel
Para que possamos ver alguma coisa dela;
Alguma coisa que o poeta viu e quer contar
Sem ter que explicar
A poesia tem vida própria.
Ela pode, de repente, fazer você sentir e até entender
Um estado de alma na Idade Média
A poesia pode fazer seu coração pulsar de singular alegria ao transmitir fé
Ou fazer seus olhos marejarem ao identificar uma dor.
Assim é a poesia. Ela anda por aí, permeando a vida de todo o mundo.
Ela, a Poesia, entorna-se de uma rosa em botão,
Estende-se fácil num mar calmo em manhãs de sol,
Faz ruídos musicais no riso de uma criança...
Porém, também se deita no berço vazio de crianças mortas,
Movimenta-se nas lágrimas de amores idos,
Grita sentida em gargantas mudas.
A Poesia somos nós
Sendo apenas sentimentos
Poesia de amor, poesia política, poesia cotidiana... Não importa
O que importa é que ela fale, sempre.
É preciso escrever poesias.
Colocar as palavras no papel conforme sua intuição vai ditando.
Poesia tem trânsito livre, não precisa de regras para dizer o que desejar dizer.
Olhe em volta
Olhe ao seu lado
Olhe pra cima
Olhe pela janela
Olhe pra terra
Olhe o que está atrás do seu olhar
Olhe seu coração
Olhe para os seus pensamentos que passam
Olhe você
Agora pegue papel e lápis
E descreva a poesia que seu olhar agora vê.