BULLYING SOCIAL

Descarregar

o ego

na sala de estar,

ou como uma bofetada

na cara da mulher.

Fazer

o sofá pagar

pelo cansaço

de carregar o peso

da consciência pesada.

O copo

de uísque

sendo afagado,

a boca pedindo

outra dose

como se fosse um beijo.

O Facebook

mostrando geladeira

cheia de cervejas,

como se a imagem

mais linda do mundo.

Os pegas-pegas

das baladas,

predadores

nas caçadas

imitando videogames.

Como uma sereia

sedutora

a morte espiando.

Às vezes, ela não deixa,

opções e nem desvios

no caminho.

À direita,

pode ser

um tiro

de escopeta

À esquerda,

mesmo fugindo

pode ser

um tiro

de nove milímetros.

As orgias,

dos capítulos

nunca perdidos

das novelas.

As orgias com os amantes,

não têm dores de cabeça

como desculpas.

As fofocas nos bares,

nas janelas,

dentro dos lares

na hora do jantar,

no telejornal.

A fila

que se perde de vista

de anjos fingidos,

se o nariz não cresce... empina.

Sou um excluído

no contexto,

do bullying social...

E onde fica

o meu direito

de não querer

ser igual!