flores do mal
há uma rosa em minha mão
rosa pálida,
em sua escuridão.
tento salvá-la
pôr um fim nesse desalento
como se tentasse prender o vento
quero que sua juventude dure
como uma noite de insônia
como um minuto de silêncio
devagar em sua devastação
mas em vão
a rosa
desmancha silenciosa
silenciosa agressão
não espera amanhecer
a rosa falece e parece que diz
"me deixa morrer".
rosa cálida rosa caída
a juventude era pra ser
a primavera da nossa vida.