ELA SE FOI....
(Sócrates Di Lima)
Em algum lugar você pode estar....
Longe do meu olhar,
E por vontades dela,
Não lhe posso encontrar.
Ela se foi....
Sem nunca ter tido.
Em tão pouco tempo,
Ela escreveu uma história,
Que nunca vai ler...
Vai, enfim, ficar na memória,
O que um dia, pode viver.
Hã então de chorar,
Deveras, as escondidas,
Por todas as vontades prometidas....
Os abraços que nunca foram dados,
Os beijos que nunca foram sentidos,
O perfume dos sonhos,
Gemidos das saudades,
Jamais esquecidos.
Ela se foi, sem nunca ter sido...
O futuro prometido,
O desejo passado.
Sobrtudo,
Parece absurdo,
Mas, ela é o vento que rosna,
Na minha janela todas as noites,
Os gemidos de prazer,
Que ouço nas madrugadas.
Ela foi a poesia encantada,
Que nunca tem fim.
Ela está em mim,
Como a dor que não se acaba,
E em cachoeira desagua,
Aos pés da minha cruz...
E quando a tarde me seduz,
à boca da noite,
O céu dos meus risos sem luz,
Pronunciam seu nome,
Mesmo que sem querer
a saudade me tome,
E queira me fazer chorar.
A tristeza da partida me consome,
Pois, eu não pude evitar,
E por mais que eu tenha lutado,
Por mais que eu a tenha procurado,
Por mais que eu a tenha desejado,
Não lhe pude segurar,
Nem tão pouco esperar,
Que aquele amor,
tivesse um incógnito fim,
E mesmo que eu tente ser livre,
Mesmo que eu tente voar,
Minhas asas cortadas,
Vontades contidas,
Não me faz solto,
Não me faz aberto,
Decerto,
Para por outra em seu lugar.
Não consigo....
Há algo em mim mais forte,
Do que toda a sorte,
Que eu possa trazer comigo,
E você partiu,
sem nunca ter ficado,
Sumiu....
sem nunca ter ido.
Como o sopro do vento,
E em desalento,
Deixou meu peito aflito,
Esquisito,
Sem vontade de rir...
E nem partir.
Ela se foi,
Sem nunca ter me consumido,
Nas vontades do amor,
Ela se foi,
Sem nunca ter tido,
O que lhe fora prometido,
Ela se foi,
sem nunca ter ido....
Nas asas dos ventos perdidos,
E que talvez um dia,
Sem a doce poesia,
Eu possa olhar o ontem,
E perceber,
Que talvez não faça mais sentido,
sonhar,
E ela se perdeu numa curva,
Partindo ao se levantar,
sem nunca se sentar,
nas nossas cadeiras que a chuva,
Teima em saudades se derramar.
20 DE SETEMBRO DE 2013.