AMOR SUBLIMADO
(Sócrates Di Lima)
....encantado o amor!
Ao longe ouço teus soluços,
Depois de um intenso ardor,
Sigo então feliz aos teus impulsos.
Impulsos de bem querer,
De luz que aponta ao amanhecer,
Nas hastes do Sol que me faz ver,
Que o amor é a válvula mitral do meu viver.
E assim vivo no esplendor da lira,
Sob o clarão das luzes da ribalta,
Que de amor minha alma suspira,
Neste prazer de amar que te exalta.
Corre nas calçadas a saudades,
Que os ventos do inverno sacode,
Alcança-me ao longe das cidades,
Tocando meu coração como projétil que explode.
E faz uma incisão profunda,
Rasgando as entranhas do meu peito,
Armazenando na alma, bem funda,
O amor que me toma desse jeito.
Desejo-te na luz da aurora,
E na escuridão do meu adormecer,
E esta saudade que insiste em náo ir embora,
Porque em mim a_prendo desde o amanhecer.
Sigo então o dia que se levanta bem cedo,
E em tuas mãos enlaço no laço do bem amado,
Eterminando qualquer possível medo,
De amar-te intensamente, neste ímpeto de amor sublimado.