SERENATEROSTOMISTICOTOLOGIA
(Sócrates Di Lima)

Na noite que ao tempo abracei,
Serenatas ao luar eu cantei,
Deitei-me no leito que desenhei,
E anoitei no orvalho que me banhei.

Misticamente redesenhei meus encantos,
Sonhados na mitologia do tempo neutro,
Cavalguei por todos os cantos,
E na histologia do amor me fiz outro.

Sentei-me nos braços de uma estrela,
Me pinteis com cristais prateados do luar,
Pigmentei a pele fina da minha tela,
E me fiz poeta do amor ao me fazer amar.

A teoria mistica do amor me embriaga,
Mas a concretude do ser amar me abraça,
Faz nos meteoritos dos desejos que traga,
A essência do ser de dois em um me laça.

E eu laço os sonhos desse amor de nós,
Nas ramas de hera que o tempo escala,
Querendo dançar aos tons da nossa voz,
No tempo do amor que não nos cala.

E se eu a amo na lucifez da minha loucura,
E na embriaguez da minha sanidade,
Entrego minha alma e meu corpo em moldura,
Para guardar em nós o retrato desse amor que nos invade.

Não poderia ser mutante a mistura lirica,
Que embasa esse amor de todo dia,
Tudo se resume numa palavra empirica,
Nessa nossa SERENATEROSTOMISTICOTOLOGIA.(*)

(*) o amor em sublimação mitológica, histórica e poético lógico e sintomático.
(Sócrates Di Lima)




 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 12/11/2013
Código do texto: T4567730
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