GARIMPO DO AMOR
(Sócrates Di Lima)

Escavei as serras dos meus sentimentos,
Garimpei os meus desejos,
Penerei os elementos dos meus entendimentos,
E separei  os metas nobres dos despojos

Lavei com os ácidos das minhas tristezas,
Toda as impurezas,
E obtive o metal nobre do amor,
Com todas as alegrias de grande valor.

E assim, livre e como metal nobre lapidado,
Pedra preciosa e valorizada,
Busquei o amor no seu campo minado,
E garimpei os sonhos numa pedra lapidada.

Ah! Que dela fiz minha jóia rara,
Ornamentei meu coração com sua beleza,
Enfeitei minha alma e a fiz cara,
Tão valoroza quanto o amor e sua riqueza.

E assim, o coração dela em mim reluz,
No amarelo ouro e cristais multicolor,
Que purpuriza e me seduz,
A continuar garimpando o seu amor.

Ah! Que toda manhã garimpo a minha saudade,
E me procuro no sorriso dela que me alicia,
Mesmo que enfrentamos a tempestade,
Há que o amor nos orvalhe como a plor em poesia.

E desse garimpo de dupla mão,
Nas minhas mãos entrelaçadas com com ela,
Garimpo seu coração, 
E encontro o amor no garimpo dela.

E brota das águas do meu prazer,
Sob o Sol da minha alma atrevida,
A face, corpo e alma dela para ser,
O último garimpo da minha vida.
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 12/11/2013
Código do texto: T4567727
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