SEGREDOS
(Sócrates Di Lima)

A tarde traz surpresa,
A noite desvenda segredos,
Olhares postos sobre a mesa,
Suficientes para espantar os medos.

Segredos...
Nas vozes do pensamento,
A brisa bateu á janela com a ponta dos dedos,
Chamou minha atenção neste momento.

E por que não!
Quando uma janela se fecha,
Outra escancara o coração,
E abre fenda com sua flecha.

Uma fenda com perfume de sândalo,
Como um rio de águas cristalinas,
Faz dos pensamentos tristes, vândalos,
Sem causa se embrenham em salinas.

E assim é a vida,
Para quem sempre tem o amor como meta,
Na certeza de que o amor dá sempre guarida,
Para corações que tem alma de poeta.

Foge dos meus pensamentos o ócio,
Retira de mim o degredo,
Faz-me da alegria um sócio,
E releva em glamour o velho segredo.

Surpreso, deixo-me ir feito beija-flor,
E  tomo em mim a essência que vem dela,
Mulher em flor, que faz -me reconciliar com todo ardor,
Ao desejo de amar que me surpreende nela.









 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 28/10/2013
Código do texto: T4546407
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