Poemicídio II
Todo poema é um suicídio raquítico, posto à margem do alimento que o encorpa
Da água que o irriga
Do fôlego que lhe daria a vida devida
Todo poema é um suicídio ensurdecedor
Que te fica à beira da cama, noite após noite
Mendigando copo de leite que o faça dançar
Todo poemicídio é um homem que anda faminto à procura de uma faca que o materialize
(Talita Fernanda Sereia)