O TEU CHORO

Amor, quando tu choras,

choras e eu me irrito,

porque todas as horas

naquele mesmo rito,

nos sonhos que tu moras,

faz meu coração aflito.

Amor, não chores à toa,

é esta imaginação tua

que no pensamento vôa,

até ao mundo da lua.

Ela que vagueia e magoa

com sua linguagem nua,

que constante entoa,

como o sino que soa

no campanário escoa

a tua voz rude e crua.

Não chores, como a chuva,

que cai na tarde de verão

porém não cai como a luva,

mas cai como a escuridão

vetando a luz, raios do sol

como uma acerba punição

sobre o tépido lençol,

que sofríamos seu calor,

torturas, gemidos de dor,

o choro vil causador

que amarga o coração.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 24/10/2013
Código do texto: T4540109
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