meu pais
entre os mourões
e os arames farpados [sim, farpados]
que amarra o meu país
forma-se um lugar de
leis, do homem civil, que
engessado nas regras,
não sente o que viu
entretanto, esse poeta,
que esse mundo não habita,
prefere outros temas, mais
vivos e carnais...
de belas mulheres , assanhadas
tímidas, dissimuladas
as negras, as amarelas
as loucas parideiras, parteiras
e todas mais,
as fidelíssimas sérias
e outras, amadas, infieis;
entre o arame farpado do
meu pais, cabe tu, cabaréis