meu pais

entre os mourões

e os arames farpados [sim, farpados]

que amarra o meu país

forma-se um lugar de

leis, do homem civil, que

engessado nas regras,

não sente o que viu

entretanto, esse poeta,

que esse mundo não habita,

prefere outros temas, mais

vivos e carnais...

de belas mulheres , assanhadas

tímidas, dissimuladas

as negras, as amarelas

as loucas parideiras, parteiras

e todas mais,

as fidelíssimas sérias

e outras, amadas, infieis;

entre o arame farpado do

meu pais, cabe tu, cabaréis

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 24/10/2013
Reeditado em 31/10/2013
Código do texto: T4539892
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