labuta diária
De uma labuta diária
Com mãos de escravos
Escrevo meus versos;
Á beira de uma janela;
“será o que existe alem
da janela, alem do muro
do cansaço sistêmico?”
será tudo mistério
ou a palavra compreende.
Como já suspeitava:
É bela a demora,
É bela a estrada
Até que algo se fecha
E um sol me chega
e se firma á prego na
minha cara, no meu
corpo todo , nas minhas
amarras...e dissolve-me
pelo ar, nas árvores, nas
montanhas, nos vales;
e desse aroma incansável
desse éter insondável
uma outra vida se forma