Síndrome da Alienação Parental
“Eu me lembro que quando você estava grávida de mim de 5 meses, você quis me matar…” Sophia, 13 anos, vítima de SAP, dirigindo‐se pela última vez a sua mãe.
Fonte: MONOGRAFIA apresentada à Universidade Claude Bernard-Lyon1 e defendida em 22 de outubro de 2008 para obtenção de título de Doutor em Medicina, por Bénédicte Goudard
Síndrome da Alienação Parental
Herculano Alencar
A mente do ser humano,
quando a serviço do ódio,
coloca no mesmo pódio
o sagrado e o profano
pra fazer parte do plano,
que visa a destruição
daquele que, em razão
de discórdia conjugal,
veste a couraça do mal,
ainda que diga não.
Eu peço a vossa atenção
ao caso que ora relato,
pois é parte do retrato
e do tema em discussão:
a tal de "Alienação
Parental" de um genitor,
que é, sem tirar nem pôr,
um pedaço de carniça
a engasgar a justiça
e tudo quanto é doutor.
Como é mister se supor
nos conflitos parentais,
há sempre aquele “algo mais”
além de ódio e amor.
Há um saldo devedor
que há de pesar na balança:
o penhor das alianças
(seja no bolso ou no dedo)
e a tonelada de medo
no coração da criança.
Foi em nome da vingança,
depois de um longo litígio,
que a dor deixou de vestígio
no peito da esperança:
os boletos de cobrança
das digressões conjugais;
todas pendências legais
que dão sustento ao divórcio
e o pagamento do sócio,
nas varas dos tribunais.
Uma disputa entre pais
pela guarda de uma filha
fez cair na armadilha,
que esconde o “algo mais”.
Aquele que dá sinais
que a SAP bateu à porta,
que “é tarde, Inês é morta”,
como diria Camões.
Se ninguém sabe as razões,
Isso também não importa.
“Eu me lembro que quando você estava grávida de mim de 5 meses, você quis me matar…” Sophia, 13 anos, vítima de SAP, dirigindo‐se pela última vez a sua mãe.
Fonte: MONOGRAFIA apresentada à Universidade Claude Bernard-Lyon1 e defendida em 22 de outubro de 2008 para obtenção de título de Doutor em Medicina, por Bénédicte Goudard
Síndrome da Alienação Parental
Herculano Alencar
A mente do ser humano,
quando a serviço do ódio,
coloca no mesmo pódio
o sagrado e o profano
pra fazer parte do plano,
que visa a destruição
daquele que, em razão
de discórdia conjugal,
veste a couraça do mal,
ainda que diga não.
Eu peço a vossa atenção
ao caso que ora relato,
pois é parte do retrato
e do tema em discussão:
a tal de "Alienação
Parental" de um genitor,
que é, sem tirar nem pôr,
um pedaço de carniça
a engasgar a justiça
e tudo quanto é doutor.
Como é mister se supor
nos conflitos parentais,
há sempre aquele “algo mais”
além de ódio e amor.
Há um saldo devedor
que há de pesar na balança:
o penhor das alianças
(seja no bolso ou no dedo)
e a tonelada de medo
no coração da criança.
Foi em nome da vingança,
depois de um longo litígio,
que a dor deixou de vestígio
no peito da esperança:
os boletos de cobrança
das digressões conjugais;
todas pendências legais
que dão sustento ao divórcio
e o pagamento do sócio,
nas varas dos tribunais.
Uma disputa entre pais
pela guarda de uma filha
fez cair na armadilha,
que esconde o “algo mais”.
Aquele que dá sinais
que a SAP bateu à porta,
que “é tarde, Inês é morta”,
como diria Camões.
Se ninguém sabe as razões,
Isso também não importa.