EFÊMERO

EFÊMERO

Efemeridade

Parece ser

Tudo no doravante

Uma modernidade

Cada vez mais atuante

Manchetes são minutos

De santos a putos

De venais a vestais

De doces a bestiais

Princípios são descartáveis

Reciclam-se qual detrito

Novas éticas insustentáveis

Apagam o que estava escrito

Novos mandamentos

Tábua do deus mercado

Na pedra fica marcado

De gente o aniquilamento

Triste fugacidade

De regalo passageiro

O objeto é a neo felicidade

Do Ser financeiro

Apagam-se os ditames da alma

Do amor verdadeiro

Humano sem amálgama

Robotizado por inteiro

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 17/10/2013
Reeditado em 18/10/2013
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