MATINAL CREPUSCULAR

(Sócrates Di Lima)

No limiar crepuscular matinal,

Belo arrebol,

depois de uma tempestuosa chuva, torrencial,

o Sol...

Belo como a luz do olhar de Deus.

Tantas noites em breus,

Tantas tardes morenas,

Tantas brisas de sopros seus,

Como quem sopra a vida em centenas,

Rompe a madrugada a aurora,

Como se jogasse para fora,

Todas as ilicitudes da noite,

Invioláveis viscissitudes....

Ai é a hora critica,

A hora que se apagam as luzes,

Em plena luz do dia,

E nem a poesia,

É capaz de suportar,

E sustentar sua ausência,

É a hora e a vez,

Da saudade chegar....

Uma lembrança de cada vez,

Por vez....

A suplicar!

Então eu olho irônico,

O dia que se levanta,

Vejo que o Sol se levantou cedo,

Sem medo,

Da chuva o esconder...

E em ato de compartilhamento,

De todo o meu conhecimento,

Surpreendo-me com o arco-iris,

Em meio ao sol e ao fim da chuva,

Que como lágrimas,

Ainda serena em minha alma.

Sem que eu dê lugar,

Sem que eu possa resistir,

Então,

Sarcastico,

Ponho-me a rir....

E ingado...

Sem pestanejar,

É a vida...é a vida...

Nesse mais um matinal crepuscular.

Ribeirão Preto-SP.,

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 17/10/2013
Reeditado em 18/10/2013
Código do texto: T4529165
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