me pus a girar

Eu não cresci

Como cresce as plantas

E como cresce os bichos

perto de água e da comida;

E alguns homens que,

Crescem em deslocamento

Sem curva ou escala

desses que desde cedo

tem a mira certa,

Me pus a girar

Girar como um lunático

Um cata-vento nos acontecimentos

Um carrossel

De cavalos falantes;

Me alucinei, melhor

Fiquei louco mesmo

Impregnado de paradoxos

E de algumas bocas

Tornei-me refém dos

Enigmas de cada mundo

E capturado me pus

A pisotear , qualquer coisa,

Que me castigasse,

Que me maltratasse,

Que me mostrasse

Porque o que parecia

Real, não me bastava

No intimo sabia que

Embaixo de algumas palavras

Havia um turbilhão

De vidas que me chamavam

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 16/10/2013
Código do texto: T4528440
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