CAVALEIRO ERRANTE
(Sócrates Di Lima)
O Eu, Cavaleiro de Cervantes,
]Mas, sem amor platônico,
Cavaleiro de amor de viajantes,
Distante e sem olhar irônico.
Cavaleiro andante....
Por corações errantes,
Amores proliferantes,
Dantes sem tons de amantes.
Um cavaleiro errante,
Nas léguas dos sentimentos preponderantes,
Em coração berrante,
Seguindo o grito das promessas inoperantes.
A alma presa em armaduras em aço,
Que impede o coração de bater,
Carrega os olhos em gotas que despacho,
Antes que salguem os lábios sem querr.
Prófugo de mim...
Nômade das minhas agonias,
Sem lugar certo fujo assim,
No refugio acolhedor da poesia.
O Eu, Cavaleiro de Cervantes,
Sem batalhas,
Contra os meus entrincheirantes,
Sem derrotas e nem vitórias falhas.
No dorso do meu cavalo alado,
Cortando os céus em liberdade,
Alforriado por palavras dantes um fado,
Da razão que na minha emoção descabe.
Onde o amor insano já não faz mais sentido,
Quebrada as permissões do tudo,
Um amor em um coração descabido,
Tão pequeno frente ao maior absurdo.
O Eu, preso ás rédeas do meu amor vagante,
Fugidos dos meus próprios passos,
Em vidros e pregos pisante,
Segue em mim, um cavaleiro errante.