NASCENTE

nascente
em meu coração de sal
noites de estrelas dormentes
ombros caídos
pés famintos
voz calada
olhos de lince
nas nuvens caiadas

qual seria meu destino
se eu fosse ainda menina
nas sílabas da vida
nas alas dos sonhos escondidos
nas salas do alfabeto alma

quem por último perdido
faz um pedido distante
na ausência esquecido
mutante
em meu corpo solo árido
vento apático
sede seca

nas contradições diárias
desencontro de mim
em meu coração de sal
na flor murcha do jardim

nascente
morrente
quase fim

quase voz
quase nós
quase um sim
h
em meu corpo solo árido

as flores voam
qual asas dos anjos

contradições....
olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 05/10/2013
Reeditado em 23/10/2013
Código do texto: T4512718
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