Solidão – 17 Dueto

Numa parte

da minha alma.

Vive uma

saudade tua.

Perplexa, desiludida,

vazia.

Corroendo

aos poucos.

Singrando

meus mares.

De solidão

e de agonia.

José Lopes Cabral

Ah, pois se tu soubesses,

Que numa metade minha

Vive a solidão,

Batendo,

Remoendo, os gomos

De saudades tuas.

Do outro lado,

Essa voz alada

Erma e doce

Que invade

As minhas noites

Em telúricas

Fantasias.

Eu, imersa em sonhos.

Esperando o teu aceno.

Inteiração – Edith Lobato

Essa solidão tão explicita.

Acomete-me de delírios

Improvisados.

Enquanto os meus

sonhos alados.

Corem os prados floridos

gritando teu nome,

em notas uníssonas.

Num eco só,

galopam em cavalos

baios.

Cobrindo distancias

E raios.

E se perdem

no entardecer

E nem assim escutas.

Porque?

José Lopes Cabral

Ah, cavalheiro!

Sou som sem canção,

e vivo presa dentro

das minhas quimeras.

E no substrato das minhas

ilusões, eu rogo aos anjos

a eutanásia desse silêncio

onde minhas epíforas

já congelaram o edens

dos meus dos meus sonhos.

Inteiração – Edith Lobato

Edith agradecido por mais e

essa participação em meus textos