que perdeste quando cego
a tu
tu que sobre a pedra sombra
encontraste a vertigem da vida
encontraste no baixo tempo
seu implacável tormento
percebeste claro e voraz,
no entoar do azul celeste
a cantiga regredida, que perdeste
quando cego,
orai aos deuses das terras
orai ao chão que pisa,
á comida que come e a água
que bebe...orai pelo frio e
pelo cobertor, orai a tu mesmo
á tua existência guerra