normalidade

No arame farpado

Do coração

Estava eu preso

Na garganta do sono

Num enganchado

De ponta e dobra

Espécie sincera

De cômodo sem porta

Então sua vida

Desceu sobre a minha

De modo que eu me vi

Sobre o assoalho de madeira

Um jarro de ferro e fogo

No mar revolto

Nadando entre os dedos

Como se houvesse

Normalidade no desamparo

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 25/09/2013
Código do texto: T4497998
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