angustia

E tem a janela

Que esgueira a brisa

E me revela da vida

Seu lado angústia

O quintal intacto

O mesmo abismo faminto

A roupa sendo lavada

Na frieza da água da manhã;

E o seu encardido resiste

Na membrana retina

a memória que

Cobre essa terra

Que embala os olhos

E lava os pés dos homens

E inscreve em cada ruga

O tédio de ser

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 24/09/2013
Código do texto: T4495817
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