o roubo (rascunho)

talvez eu me sentisse o zé mané

talvez eu tenha sinto

no alto empalado

no tédio da tarde

um homem jaz

morto, enterrado

naquela tarde, ieda quis me impressionar, andou sobre uma roda apenas

da bicicleta, passou na minha rua muitas vezes, eu na janela observava,

era a moça mais bonita da rua, ou do bairro, talvez da cidade, pernas

encurvadas, como se carregasse muito peso, e olhos de brisa, quase

lacrimejando, conversava pouco, mas falava muito com os corpo, e pra

ela, a vida parecia uma coisa boa

- não sabe andar.

- não sei não, minha bicecleta está quebrada

-vamos andar qualquer dia,

- deixa minha mãe mandar arrumar,

- onde você costuma ir,

- onde você mora,

- perto do rio.

montou em sua bicicleta e desceu a rua em direção a praça, fiquei olhando até ela sumir.

entrei no meu quarto, fechei a porta, abrir meu bau, ja tinah guardado vinte dinheiros, faltava ainda cento e quarenta pra comprar minha bicicleta, que agora se fazia mais urgente. precisava urgemente conseguir essa grana. pensei em pedir pra minha tia rosa, mas minha mãe não deixaria, pois não suporta o jeito dela. meu pai tem, a oficina não anda nada bem. como vou fazer. era urgente que eu tivesse um bicicleta. e foi ai que eu tive um plano que parecia fácil de realizar, eu poderia entrar na casa de juarez fernandes, o ex prefeito e robar um grana deles. muita vezes já vi minha vó falar que eles guarda muito dinheiro nas gavetas da cama. e minha vó sabe, porque ela lava roupa pra eles no final de semana. lembro que ela disse que abriu a gaveta pra guardar a roupa e viu todo aquele dinheiro na gaveta. só preciso entrar escondido, esperar que todos saiam. e foi assim que fiz. enquanto a empregada entrava pelos portões do fundo, entrei sem que ela percebesse, e abaixado atras do forno a lenha, no meio do quintal fiquei lá até que todos saisse, isso se deu no meio da tarde, minha barriga doia de tanta fome. a casa estava vazia, consegui entrar a casa toda, nunca havia visto uma casa tão bonita, finalmente sabia como era uma casa de rico, muitos móveis bonitos e a geladeira estava cheia de comida gostosa. no ultimo quarto, entre, abri a gaveta da cama, e la estava todo dinheiro, fiquei fascinada, meus olhos brilhavam. toquei e cheirei, e quando estava colocando nos bolsos, algo me veio de longe, como se fosse um suspiro e pediu para que eu colosse o dinheiro no lugar, não é seu. consegui sair da casa com relativa felicidade, um tanto mais rico, um tanto mais sábio, e no outro dia, fui ao seu donario e pedi que ela me emprestasse por algum tempo a bicicleta do seu filho que estava na escola. com ele era muito bondoso me emprestou, e desci em direção ao rio,