chão que nos alimenta
trago-a
á rua do sol
aos olhos do mar
e na concha das mãos
na ternura dos pés
dançamos juntos
descalços, abertos
na alma desse
desse chão que
nos alimenta
trago-a
á rua do
sol
e desamarro-a
do tempo
retire-lhe
a venda
e antes da vergigem
dou-lhe meus olhos
e meus braços
e deixo-a
na firmeza da
terra