EMBRIÃO
(Sócrates Di Lima)
Sinto a vida gerar em mim,
No ventre da minha perseverança,
Um embrião sem fim,
Do amor e da esperança.
No útero da minha paciência,
Faço gerar um feto de inteligência,
Longe da ingenuidade e da imprudência,
Alimento-o com a seiva da minha vivência.
E durante toda a gestação da minha querência,
Alimento minha alma com sabedoria,
E se eu me perder dessa inocência,
Encontro-me no casulo da minha poesia.
Não me gerei para viver no virtual,
Nem para ficar longe do bem amado,
Criei um embrião racional,
No emocional em que foi gerado.
E longe do cordão umbilical,
Este embrião se fez amor maduro...
E no coração dela, este amor angelical,
Faço do hoje o parimento do meu futuro.