EMBRIÃO

(Sócrates Di Lima)

Sinto a vida gerar em mim,

No ventre da minha perseverança,

Um embrião sem fim,

Do amor e da esperança.

No útero da minha paciência,

Faço gerar um feto de inteligência,

Longe da ingenuidade e da imprudência,

Alimento-o com a seiva da minha vivência.

E durante toda a gestação da minha querência,

Alimento minha alma com sabedoria,

E se eu me perder dessa inocência,

Encontro-me no casulo da minha poesia.

Não me gerei para viver no virtual,

Nem para ficar longe do bem amado,

Criei um embrião racional,

No emocional em que foi gerado.

E longe do cordão umbilical,

Este embrião se fez amor maduro...

E no coração dela, este amor angelical,

Faço do hoje o parimento do meu futuro.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 26/08/2013
Código do texto: T4452468
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