DESALENTO MATINAL

Passarinhos nas janelas, primavera nos quintais,

lua cheia, noite bela, preludia temporais,

amores brotam do ventre das cantigas matinais.

O lençol cobrindo o leito, esperando o novo dia,

a esperança no peito transbordando de euforia,

vai resguardando a lembrança mesmo que seja tardia.

Num arpejo me embriago, desejando teu amor,

rebuscando teu olhar honorável sonhador,

acordando a fantasia, num sorriso furta-cor,

que essa nova estação esperava impaciente,

só pra sentir teu perfume e beijar-te tão somente,

mas eis que a primavera foi-se assim tão de repente,

deixou a gente esperando e assim a revelia,

levou consigo a beleza que ostentava a nostalgia,

e hoje ainda busco acalanto pra essa vida vazia.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 22/08/2013
Código do texto: T4446937
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