ensanguentado
Sobre a face da minha
Vida,
baila ela,
plena, clara, escura,
meu escudo
casca de ossos,
tutanos de planta
puta
platibanda
bela, alta
meu enxu
caveira
cruza meu olhos
e me amarra
na escoliose
da terra
a semente,
enraizada na
na pedra concreta
e dura
Abre á tarde clara e
E se tempera de tapas
E chutes
E um tronco armado,
Indistinto, sai
De seu sombra
E se mostra ao tédio
Aos insetos
E as mordidas
Dos vermes
Das pernas, das cinturas
Das plantas, dos
Tapicurus
Os seus beiços
seus coices, seu nome
gritando pelas minha veia
nadando por entre
as carnes e os candeeiros
e a minha boca
a morde, perfura, dilacera,
amassa, e ela se entrega
e seu coração salta
ensanguentado de amor
pela vida