Deslabiado

Era um sujeito simples, com ideias grandes

Escrevia bem, era um apaixonado

As vezes ousava demais, transcedia as grades

E por pouco não foi "deslabiado"

Eu lhe sugeri um aviso, muito sutil

Não se aproxime dela! -ele não ouviu

Pobre rapaz, que escrevia demais

Tomou uma liberdade, e lábios, não tem mais

Arrancarei com furor, um a um, seus dentes

E torturarei mais um pouco, até ficar contente

Meu objetivo é disciplinar, ensinar a lição

Pouco importa o sofrimento, desse mero cidadão

Então que fique claro, que não estou de brincadeira

Senão vou te mandar para a grande clareira

Experimente novamente, oferecer seus lábios amigos

Para a menina-princesa...e se entenda, comigo

As histórias de terror, que tão bem escreve

Farei questão de realizá-las, com um cabo em sua pelve

Torturá-lo-ei com muito entusiasmo

Até ver seu rosto, completamente pasmo

E desejará a morte, mais do que nunca

Pedirá com clamor " - Ceife minha nuca!"

E a piedade, que me inspira apatia

Ficará de lado, nessa estranha poesia

Arthur Barbosa
Enviado por Arthur Barbosa em 15/08/2013
Código do texto: T4435724
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