QUESTÃO DE HONRA
Vou empenhar meus versos e meu canto,
mágoas e tristezas vou deixar num canto,
vou por essa estrada buscar acalanto,
pois sou nessa vida mais um sonhador.
Simples poeta buscando alegria,
faço da cantiga, o pão de cada dia,
soltando a voz em meio a multidões,
trazendo afago aos corações,
que tão sensíveis não sabem cantar,
mas amam mesmo sem saber,
que há harmonia existe,
e a vida é um eterno aprender.
Faço questão de ensaiar meu pranto,
já não choro tanto, canto e desse jeito,
tiro do meu peito tantos desamores,
pra ter os sabores de nova ilusão.
Sonhos não morrem apenas descansam
na contradança de cada paixão.
levem-me tudo, mas não fico mudo,
enquanto houver amor hei de cantar.
Cantigas violadas, uma bandeira em cada coração,
que se eternizam ao longo da estrada,
buscando aconchego nas vozes cansadas,
que não se calam e com toda razão.
Saulo Campos - Itabira MG