Acaba de passar mais uma noite tímida...
Calando a minha saudade.

É o que resta do sonho mais secreto
com sabor de um pouco de realidade.
Passou o dia, 
quando percebi, nem deu tempo a você entregar
Por inteiro o amor guardado,  quieto num canto à esperar.
Ficou... A rosa que eu não lhe dei, tão triste
Sem as suas mãos,  triste e infeliz como eu.
Os meus olhos fixaram tão distantes, tentando ver o sorriso seu
A ilusão banhou as cortinas da esperança que você prometeu.
Ainda a pouco pela janela mais um sussurro do vento
Fazendo a fantasia trazer-me uma fúlgida alegria
sem traduzir que em mim, tudo é lamento.
E a música no ar,
e esse amor imenso sozinho, e eu  à esperar.
Mas ouço a sua voz
Ela chega, com o barulho que vem do mar
Quando dou por mim, é apenas a tristeza que me faz delirar.
Não é o que diz a canção, não é o que diz na alma, a poesia
A verdade é que estou sozinha, para amanhecer mais um dia.
Amar  assim...
Nos faz seres... Tão distantes, é a mais pura incompreensão 
A minha alma entende, mas preciso lhe ver
Quantas impossibilidades entre nós, querer não é poder.
Faz calar ainda mais dentro de mim a certeza eu amo você.
Entrego-me à melodia
Daqui ouço... Imagino um piano tocando fundo
Perco a noção da realidade, que vem por dentro dividindo nossos dias  Noites... Quantas,  apartando-nos de nossos mundos.
Eu não compreendo essa dor.
[ Liduina do Nascimento ]




 





 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 12/08/2013
Reeditado em 06/05/2016
Código do texto: T4430402
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