A cicatriz dos amam
Na pedra, A cicatriz dos
Que amam
(as pedras
que sentem
o vôo das
horas
a finitude da borboletas
queda das frutas maduras
e os desejos tardios
e impuros
)
Risco escuro,
aperto goela
meu amor é vigia
um tamborete sentinela
Sua língua gritante
Sua ternura de pólvora
Seu riso contente
Esse é o sol do meio-dia
Forte e triste,
meio foda, meio alegria
E eu, trincando de
Amor, respiro o tempo
Tingido de terra,
uma camada de momona
outra de ramas
A cada queda
Uma demora,
Uma cântara troca
De pele
E os cacos irresistível
Se colam (mal se juntam)
mas basta quando
não se quer muito
A soleira da porta
Divide duas vidas,
Uma delas, quase
A outra, imaginária
Uma flor é vermelha
Duas são bonitas
Três flores são ricas
Muitas, uma vida