relva do desejo

e fui-me

forte,

á galope,

no campo verde

da planície da vida

dancei nas paragens

peguei putas e sararás

amei, fui desprezado, amado

destruido,

mas galopei,

a passos de cavalo bravo

no reino da natureza

e agora, na porta do infinito

volto de novo á galope

pois a vida

é ir e voltar

sobre a relva do desejo