violência

e do seu pescoço

de lítio e carne

meus lábios em combustão,

manhãs de fagulhas arde;

suas costas lisas e brancas

seus poros de maciez e flor

dentes e mãos quentes

penetram-na em gesto e dor

e trago-a sobre meu corpo

aperto forte sua flor e o prazer

de rio represado, desce vales

( torpor)

eu, menina

de orgia

vãndala, visto

de corpo e sentimento

a rua

dos grandes homens

vassalagem e mourão

e desço pelo beco

com as pernas expostas

a saia de rosas mudas

e cordas no

pescoço e aos

olhos dele, o pastor

de roupas negras e chicote

levanto o manto sagrado

(violência e vapor)

e entre o mar e as

pedras

eu ando, amando

as pontas de ossos

que disponho

não pensei que a vida

fosse assim

cratera

depois de outro modo,

seu contrário,

um tanto mais bela

também não era,

logo pulei num escuro

qualquer (de ossos)

parei de contar, não eram

e nunca findo o soltão

balela