SOBRE O AMOR E OUTRAS ETERNIDADES
o amor perfura a pele
quer brotar
emergir pelos poros
o coração não lhe serve mais
como ninho
como útero
como leito após a rinha
amor é violência
fúria
vulcão que não consegue dormir
antítese que consome
o amor não é silêncio
mesmo no vazio
onde nenhuma palavra ousa penetrar
mesmo no vazio
onde nenhum pensamento pousa
mesmo no vazio
o amor é um alarido a soar