SOBRE O AMOR E OUTRAS ETERNIDADES

o amor perfura a pele

quer brotar

emergir pelos poros

o coração não lhe serve mais

como ninho

como útero

como leito após a rinha

amor é violência

fúria

vulcão que não consegue dormir

antítese que consome

o amor não é silêncio

mesmo no vazio

onde nenhuma palavra ousa penetrar

mesmo no vazio

onde nenhum pensamento pousa

mesmo no vazio

o amor é um alarido a soar

Anderson Alcântara
Enviado por Anderson Alcântara em 19/07/2013
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