Armadilhas do preconceito feminista.
Rio, 18.07.13.
Armadilhas do preconceito feminista.
Era uma vez uma mulher que dizia
que todos os homens eram iguais,
cafajestes, levianos, inconsequentes,
indecentes e imorais.
Mas por não poder viver sem os mesmos,
devido ao seu alto grau de desejo e excitação,
satisfazia com esses homens as
necessidade do corpo, deixando
a minguá o insatisfeito coração.
Armou-se de escudos psicológicos
para sofrer menos os impactos
perniciosos da decepção.
E assim virou um modelo a
ser seguido por outras tantas mulheres
donas da mesma certeza.
Ela criou um paradigma de que
era impossível encontrar
um homem que a mereça.
Tornou-se bem sucedida,
considerava-se uma revolucionária,
mas a vida tem suas armadilhas
e ela foi se vendo cada vez
mais insensível e solitária.
Até que o destino resolveu intervir,
pôs em seu caminho um homem,
não diferente em suma dos demais,
mas imbuído de perseverança
a não ter as características tais.
Reza a lenda, no entendo, que
ela o tratou como a todos os outros,
não o soube identificar,
achou que fosse mais um homem qualquer.
E assim ela seguiu introspectiva e só,
foi embora com o tempo o desejo febril,
e a solidão tornou-se ainda maior.
Dizem que foi triste
e lamentável o seu final.
A moral é que todo homem
é mesmo igual, porém nem
todo homem é um qualquer,
e que pensar assim só iguala
em desventura e vazio
a vida da mulher.
Clayton Marcio.