Sonhos

Tudo se rebelará;

A Mortalidade sairá como uma serpente

Das espumas negras do Abismo

E penetrará na luz sangrando a Eternidade,

Uma rubra rosa desabrochando no seio do sol

Destilando um pólen de luz escarlate

A toldar as veias dos Humanos;

Estuporados de Vida, entraremos

Naquele estado de langor pós orgasmo,

Ébrios então, nos despiremos

Das máscaras da moral, feitas para esconder

O Despudor de nossa face,

Um súbito desespero nos tomará conta

Por não termos mais como fugir

De nossa Fatal Indecência,

A Castidade da Paz será vencida

E assassinaremos a Vergonha e a Culpa,

A Liberdade estará ultrapassada,

O Licor da Compaixão será servido

No mesmo copo da Crueldade,

A contemplação de Belezas Disformes

Queimará o Olho do Julgamento,

As doenças serão curadas pela Intensidade,

Nos sepultaremos no seio de quem amamos

Para renascer nos olhos de quem nos ama,

Os Sonhos serão Extintos!

Leandro Tostes Franzoni
Enviado por Leandro Tostes Franzoni em 16/07/2013
Reeditado em 30/11/2023
Código do texto: T4389508
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