O prisioneiro

Prisioneiro de qual prisão

Quem sob o véu da ilusão

Não vislumbra os caminhos

E segue tateando, carinhos

No solo duro sem retribuição

A não ser quedas e confusão

Prisioneiro de qual destino

Entregando-se ao desatino

Como se com isso libertasse

Dos grilhões da repetida face

Que insiste-se no ser repentino

Quebrando acordos, clandestino

Prisioneiro, qual seu crime

Qual a força que te oprime

Na repetida cela te encerra

Qual peso ou pecado soterra

Sem ser conhecido te reprime

Contra-corte de sabre sem esgrime

Prisioneiro, qual a sua liberdade

Todo o perguntado antes é só vaidade

Só o que te importa é a esperança de sair

Só o que te move é o que pode fazer conseguir

Ir para fora da prisão que traz a atroz infelicidade

Atravessar para além das barras dessa vaga realidade.

Sanyo
Enviado por Sanyo em 11/07/2013
Código do texto: T4381567
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